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  • Foto do escritorPedro Gouvêa

Considerações gerais sobre a Musicoterapia

Para começar nossa conversa sobre Musicoterapia, é necessário dizer que esta se trata de uma profissão independente (regulamentada recentemente). Em outras palavras, o musicoterapeuta se distingue de outros profissionais da saúde e sua formação atualmente ocorre por meio da graduação ou da pós-graduação.

A Musicoterapia é um campo multidisciplinar que é atravessado tanto pela ciência quanto pela arte (música e terapia, como o termo sugere). Pode ser definida como a utilização da música e de seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) com finalidades terapêuticas, incluindo avaliação, tratamento e reabilitação do indivíduo ou de um grupo.

É preciso esclarecer que a Musicoterapia possui uma especificidade, na qual se forja a sua teoria e as suas aplicações práticas. Ou seja, esta disciplina possui conceitos e teorias próprias, métodos e técnicas específicas que constituem sua prática.

Por exemplo, o conceito de "música" em Musicoterapia difere do conceito tradicional dos músicos e do senso comum, sendo considerado como qualquer expressão sonoro-musical do indivíduo, mesmo que não tenha resultados estéticos ou siga uma construção musical convencional.

Nesse sentido, o musicoterapeuta está mais interessado em abrir canais de comunicação por meio dos estímulos musicais e encorajar a expressão sonoro-musical do paciente, sem uma preocupação básica se a música é "boa" ou "ruim". Sua escuta e seu olhar estão voltados para o "fazer musical" ou a "produção musical" do paciente.

O instrumento de trabalho do musicoterapeuta é a música, ou, mais especificamente, as experiências sonoro-musicais. A música não é uma ferramenta auxiliar, como, por exemplo, em terapias que utilizam a música. A música é nuclear na prática do musicoterapeuta e sem ela o processo musicoterápico não acontece.

Também é importante destacar que existem diversas abordagens e campos de atuação do musicoterapeuta. Em relação às abordagens, por exemplo, temos a Musicoterapia criativa, Musicoterapia neurológica, Musicoterapia comportamental, Musicoterapia improvisacional, dentre outras.

Os campos de atuação são bastante diversos, como a clínica, o hospital, as organizações, saúde mental, dentre outros. Além disso, a Musicoterapia já se constitui como uma prática baseada em evidências em determinadas áreas, como no tratamento de indivíduos do espectro autista e deficiências múltiplas.

Por fim, gostaria de pontuar que a Musicoterapia, especificamente no Brasil, ainda ocupa um espaço "complementar" nas práticas de saúde e necessita de maiores desenvolvimentos e sistematizações da sua prática. A proposta deste artigo foi apenas pincelar, em linhas gerais, esse complexo saber que envolve a relação homem-som-ser.



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